17 DAYS OF SPIRITUAL WISDOM

Os yogas

O que é o yoga?

George King sentado em siddhasana.

O Yoga tem vindo a popularizar-se cada vez mais nos últimos anos – e é praticado por milhões de pessoas por todo o mundo. Embora isto seja algo louvável, também devemos salientar que o yoga é, de facto, muito mais do que um mero regime para manter a forma – algo a que alguns praticantes podem, infelizmente, limitar-se, em especial no ocidente. Certos aspetos do yoga aumentam, de facto, o bem-estar geral, incluindo a saúde e o relaxamento, mas na filosofia tradicional do yoga, coisas como esta representam apenas um meio para alcançar um fim.

O verdadeiro objetivo do yoga não é a boa forma física, a beleza, a força nem algo desse género; o verdadeiro objetivo do yoga é uma única coisa – a iluminação através da Centelha Divina dentro todos nós, que na filosofia hindu é designada por atman ou purusha. A palavra yoga significa literalmente “união”, no sentido da união com a Centelha. Através do yoga, “desvendamos” a Divindade no nosso interior, permitindo assim que as nossas verdadeiras naturezas espirituais brilhem ainda mais.

Existem muitos tipos do yoga; eis uma breve explicação dos principais:

Hatha yoga – consistindo principalmente em posturas físicas conhecidas por asanas, este tipo do yoga é frequentemente associado à boa forma física, à saúde e relaxamento. Embora seja verdade que o hatha yoga permita alcançar essas coisas, não é esse o seu objetivo. O seu objetivo é ajudar a preparar o corpo e também, em certa medida, a mente, para a iluminação. Nesta forma avançadíssima, ele funde-se com aspectos do kundalini yoga, explicado mais abaixo.

Mantra yoga – o yoga do som. Certos sons não só têm sentidos sagrados, como são sagrados em si mesmos, devido ao poder da sua vibração. A repetição desses sons pode ter um efeito a um nível físico, mental, psíquico ou espiritual. Praticamente todos os serviços da Sociedade Aetherius incluem a entoação de mantras.

Bhakti yoga – o yoga da devoção de, ou amor por um aspecto do Divino, que incluiria grandes sábios, bem como o Divino a um nível mais cósmico. A devoção ao seu guru é um aspecto do bhakti yoga.

Kundalini yoga – a filosofia do yoga ensina que, na base da coluna, existe uma força mística conhecida por kundalini – por vezes denominada “o poder da serpente”. Esta força é imensamente poderosa. Ela encontra-se ativa em todos nós; mas apenas a um grau muito reduzido. Sem ela, não poderíamos viver. O kundalini yoga tem a ver com elevar esse poder, finalmente na sua totalidade, partindo da base da coluna, através de cada um dos chakras até ao chakra da coroa. Isso resulta no estado de consciência cósmica, que é o estado mais elevado que pode ser alcançado pelos mortais na Terra. O kundalini yoga é perigoso, e não é recomendado nem ensinado pela Sociedade Aetherius – mas uma compreensão básica dele ajuda-nos a entender um aspecto da “mecânica”, por assim dizer, do yoga. É raro o indivíduo capaz de lidar verdadeiramente com o kundalini yoga – alguns exemplos incluem o Dr. George King e o Swami Sivananda. (É favor notar que, hoje em dia, ensinam-se certas técnicas descritas como sendo kundalini yoga, que não são, de facto, kundalini yoga no seu sentido tradicional.)

Jnana yoga – que também se escreve Gnani yoga. Trata-se do yoga da sabedoria.

Raja yoga – o yoga do controlo mental e psíquico. É esta a ênfase dos Yoga Sutras de Sri Patanjali.

Karma yoga – o yoga do serviço. Este yoga tem a ver com a ação espiritual. O serviço aos outros pode assumir muitas formas – mas, na essência, tem a ver com ajudar todas as formas de vida a realizar que, no seu seio, existe uma Centelha do Divino.

Todos os tipos do yoga servem para preparar para, e encorajar a subida da kundalini, mas fazem-no de uma maneira mais lenta e natural, enquanto o kundalini yoga tende a forçar esta subida, o que o torna perigoso. Este poder é tão colossal, que o mais ligeiro lapso de concentração correta pode causar graves danos mentais e físicos. Devemos tratar a kundalini com a devida prudência e grande reverência, mas nunca receá-la – pois ela está no próprio cerne do sentido da vida e é o poder por trás dos estados de consciência mais elevados. (De notar que, embora seja, de facto, possível um certo consumo de estupefacientes induzir estados de consciência alterados, nenhum estupefaciente consegue provocar os estados mais elevados. O abuso de drogas prejudica o corpo, a mente e a aura de uma pessoa e, como tal, é totalmente contrário aos princípios do yoga e é fortemente desaconselhado pela Sociedade Aetherius.)

A prática séria das formas do yoga mais elevadas resultará no desenvolvimento e ampliação dos poderes psíquicos e intuitivos. Esses poderes devem ser experienciados, controlados, e depois, quer usados em serviço, quer rejeitados, o que facilitará depois a experiência de estados de consciência mais elevados.

A distinção entre os yogas é, em certa medida, um pouco artificial; há muitas sobreposições entre eles, e estão todos relacionados entre si.

 

O maior Yoga é— o SERVIÇO.

Servi— e tornar-vos-eis Iluminados.

Servi— e estareis a praticar o verdadeiro Amor altruísta.

Servi— e o grande Poder da Kundalini ascenderá de uma maneira natural, não forçada, e abrirá as joias dos Chakras nos vossos corpos superiores, a inspiração entrará a jorros e estareis à beira da Iniciação ao estádio de Adepto.

Não há palavras suficientemente grandiosas para descrever a maravilha do— SERVIÇO.

Marte Sector 6 na terceira de As Nove Liberdades

 

De todos os yogas que estudei, o karma yoga é o maior yoga de todos. É o karma yoga que irá salvar o mundo.

Dr. George King

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